O tabagismo aumentou durante a quarentena. De acordo com um levantamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz, três em cada dez fumantes admitem ter aumentado o número de cigarros consumidos, no período de isolamento.
O principal motivo para esse comportamento é a ansiedade gerada pelo momento que estamos enfrentando.
O problema é que o cigarro, bem como outros produtos a base de tabaco, diminuem a imunidade, deixando as pessoas mais expostas ao coronavírus.
Tabagismo aumenta na quarentena
E não é apenas isso, o tabagismo também está relacionado com vários tipos de câncer, sendo que 85% dos de pulmão estão ligados ao vício de fumar. Lembrando sempre que os fumantes passivos, aqueles que convivem no mesmo ambiente que um fumante, também correm risco.
“O cigarro é o maior fator que provoca o câncer de pulmão, mas existem outros tipos de câncer, que também podem ser provocados pelo cigarro, todos os tumores de cabeça e pescoço desde a boca, orofaringe, laringe, traqueia e muitas vezes também no esôfago, e pode até levar a comprometimento de bexiga”, explica a radio-oncologista da Urrmev, Dra. Ana Maria Garcia Cardoso.
De acordo com o estudo da Fiocruz, 34% dos entrevistados que se declararam fumantes, passaram a consumir mais cigarros por dia no período de isolamento social. Entre eles: 22,8% aumentaram em 10 cigarros; 6,4% em até cinco; e 5,1% em vinte ou mais cigarros.
Diminuir o consumo e buscar tratamento é a orientação da especialista.
“As pessoas deveriam procurar uma forma de aliviar esse estresse, com atividade física, por exemplo. E procurar ajuda em serviços especializados, para deixar o vício. No próprio SUS tem atendimento especializado para a pessoa deixar de fumar”, aconselha Dra. Ana.